O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, revelou a estratégia que considera fundamental para a conquista do hexacampeonato na Copa do Mundo de 2026. Em entrevista exclusiva ao programa Esporte Record, exibida neste domingo (30), o treinador italiano foi categórico ao afirmar que o sucesso no torneio passa por um sistema defensivo sólido. Para ele, o sacrifício coletivo será o diferencial da equipe.
Durante a conversa, o comandante explicou sua filosofia de jogo visando o maior torneio de seleções do planeta. “Se defendermos bem, podemos ganhar a Copa do Mundo. Quando se fala de defender, se fala de concentração, sacrifício e trabalhar juntos”, analisou Ancelotti. A menos de um ano da competição, ele aproveitou para acabar com o mistério sobre alguns nomes e antecipou a convocação de dois jovens talentos.
O treinador garantiu que, salvo imprevistos, duas vagas já têm donos. “Pelo que jogou nos últimos seis meses, eu acho que Estêvão vai estar na próxima Copa do Mundo” e “Vinicius [Júnior] vai para a Copa”, cravou. A declaração confirma a confiança da comissão técnica na nova geração, colocando o atacante do Palmeiras e o astro do Real Madrid como pilares do time que buscará o título.
Carlo Ancelotti fala sobre Neymar na Copa
Sobre a situação de Neymar, que ainda não atuou sob seu comando, Carlo Ancelotti adotou um tom pragmático e exigente. Ele não descartou o camisa 10, mas deixou claro que a convocação dependerá exclusivamente da forma física. “Ele tem que estar 100%. Temos jogadores muito bons, eu preciso escolher os que estão 100%. Não é só o Neymar, pode ser o Vinicius Jr. Se Vinicius tiver 90%, vou chamar outro jogador que está 100%”, alertou.
O italiano, que chegou ao Brasil após uma era vitoriosa no futebol europeu, não escondeu a emoção de liderar a única seleção pentacampeã. Ele descreveu o trabalho como um auge profissional. “É um sonho, uma honra e um desafio muito grande, porque é uma grande motivação pensar em preparar para um Mundial com a seleção brasileira”, afirmou, completando que a oportunidade é “obviamente, um privilégio”.
Além de projetar o futuro, Ancelotti rememorou o início de sua trajetória no esporte, iniciada no Parma em 1976. Ele contou uma curiosidade sobre como entrou para o futebol profissional quase por acaso. “Eu comecei a carreira profissional para seguir um amigo que era observado pela base no Parma, e ele não queria estar sozinho. O Parma me contratou e, depois de um ano, ele voltou para casa e eu fiquei no Parma”, relembrou.


